Por entre janelas
Ele espremeu-se para passar pela porta enquanto ela se fechava, ali dentro a multidão se aglomerava e ele, não sabendo como, foi parar próximo a porta de acesso ao outro vagão, ali de costas para a porta olhando o vagão a sua frente pensava nela, era incrível como ela não saia de seus pensamentos, nem mesmo quando ele não pensava nela diretamente, ela tangia seus pensamentos.
Recostou a nuca no vidro da porta atrás dele fechou os olhos lentamente e deixou o ar sair lentamente por suas narinas... a próxima estação já estava sendo anunciada quando ele virou o rosto e viu pela janela na porta, de pé no outro vagão, ELA... era ELA... poucos metros separavam ele dela, duas portas uns 4 paços e um vagão especial para mulheres...
Esfregou os olhos como quem tenta acertar os enganos que ve, mas era real, não ilusão, era ela... sorria suavemente enquanto via algo em sua mão, mordia os lábios como sempre fazia quando algo a inquietava, por fim assustada guardou o objeto na bolsa e saiu... ele espremeu-se até a porta de saída e grudou no vidro da porta que agora fechada o afastava dela..
Ela na plataforma olha para o vagão, mas não o vê... ele percebe seu olhar perdido e queima por dentro, era ela.. e ela continua a mesma...
Um lugar vago e ele educadamente sede a uma jovem senhora, não era uma poltrona dura de metrô que iria o confortar... não eram 3 estações , nem os próximos 40 minutos no ônibus...
Ele sentia-se totalmente feliz, inacreditavelmente feliz pelo simples fato de ter a visto uma vez mais, de ter percebido um sorriso em seu rosto uma vez mais, de a ver arrumando os cabelos...
E por todo o dia, por toda semana, por todos os meses e anos que viriam depois, as cenas vistas por entre aquelas janelas foram as cenas que mais se repetiam em sua memória...
Recostou a nuca no vidro da porta atrás dele fechou os olhos lentamente e deixou o ar sair lentamente por suas narinas... a próxima estação já estava sendo anunciada quando ele virou o rosto e viu pela janela na porta, de pé no outro vagão, ELA... era ELA... poucos metros separavam ele dela, duas portas uns 4 paços e um vagão especial para mulheres...
Esfregou os olhos como quem tenta acertar os enganos que ve, mas era real, não ilusão, era ela... sorria suavemente enquanto via algo em sua mão, mordia os lábios como sempre fazia quando algo a inquietava, por fim assustada guardou o objeto na bolsa e saiu... ele espremeu-se até a porta de saída e grudou no vidro da porta que agora fechada o afastava dela..
Ela na plataforma olha para o vagão, mas não o vê... ele percebe seu olhar perdido e queima por dentro, era ela.. e ela continua a mesma...
Um lugar vago e ele educadamente sede a uma jovem senhora, não era uma poltrona dura de metrô que iria o confortar... não eram 3 estações , nem os próximos 40 minutos no ônibus...
Ele sentia-se totalmente feliz, inacreditavelmente feliz pelo simples fato de ter a visto uma vez mais, de ter percebido um sorriso em seu rosto uma vez mais, de a ver arrumando os cabelos...
E por todo o dia, por toda semana, por todos os meses e anos que viriam depois, as cenas vistas por entre aquelas janelas foram as cenas que mais se repetiam em sua memória...
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