Chuva
Ela caminhava de volta pra casa, seu dia não era dos melhores, a chuva fina encharcava suas bostas, o vento frio a deixava com uma aparência mais triste, o nariz vermelho, as bochechas rosadas, mas eram os olhos que mais se notava seu estado. Ela passou horas de seu dia sentada em uma cadeira vendo e revendo sua vida, pensando nas esquinas que virou quando poderia seguir seu caminho reto, ela saiba que se sua bota estava agora tão molhada e seu sobretudo encharcado pesava em seu corpo era por suas escolhas, e isso a fazia pensar no que deixou passar...
Ele sentado na cafeteria olhava a chuva molhando o vidro e as pessoas apressadas andando na calçada, todos com seus guarda chuva abertos e seus passos largos, e ele saboreava pesadamente o seu café, gole a gole ele pensava nas horas que passou pensando em ser alguém diferente, em tentando acertar uma ou duas vezes ao menos na vida... mas eram seus erros que ele mais lembrava... eram suas falhas que mais o assombrava.
O Outro entrava em um ônibus, alheio ao mundo sentando cansado no banco com o guarda chuva pingando a sua frente, as gotas se juntavam e formavam logo depois pequenos veios no chão metálico do ônibus, era certo que seu caminho iria ser longo até a casa, o transito lento deu a ele tempo suficiente para pensar na vida, e por vezes até deixar uma ou outra lagrima correr pelo rosto e juntar-se as gotas do guarda chuva, ele temia nunca mais poder sorrir, por culpa dele mesmo...
A outra voltava a casa, em seu carro novo, sem notar jogava água em pedestres, mas a cada sinal fechado ela perdia tempo de sua vida ouvindo musicas de radio e percebendo quão solitária era sua vida, nem mesmo os cães que ela comprava e cuidava como filhos lhe davam o que faltava... ao olhar para o lado viu um homem sozinho tomando café em uma cafeteria, ele sorvia o café como se ele fosse tão pesado como chumbo, e baixava a cabeça cansadamente depois de cada gole, “talvez ele seja mais solitário que eu”pensou ela... saindo mais uma vez do sinal vermelho.
O outro olha pela janela um carro no sinal uma motorista olhando a janela e dentro de uma cafeteria um homem toma penosamente sua ultima gota de café, ele olhando os dois, deixa escapar um sorriso e pensa.”tanta gente esta no lugar errado na hora certa... e eu na hora errada no lugar certo...” reclina a cabeça, apóia no banco e deixa uma ou duas culpas tornarem-se lagrimas.
Ela andando sem medo na calçada passa por uma cafeteria, esbarra em um homem que saia apressadamente da cafeteria arrumando seu casaco, desculpas sorrisos sem jeito, ela se vira e vê um homem em um ônibus com a cabeça reclinada deixando umas lagrimas escapar por seu rosto, ela da dois ou três passos para a rua, e um carro passando por ela joga água em suas botas já encharcadas...
“seria bom estar nesse ônibus... ao menos teria alguém que vive para poder conversar”
Todos chegam em casa, uns mais molhados que outros, uns mais cansados que outros, mas todos tem o mesmo pensamento em mente...
“seria bom ter alguém hoje.... seria bom te ELE, (a) para falar um pouco sobre nada... seria bom poder sentir de novo... “ a noite segue, as horas se passam e eles dormem sabendo que
Nada é como a gente gostaria... mas a gente não é obrigado a gostar de como é.
Ele sentado na cafeteria olhava a chuva molhando o vidro e as pessoas apressadas andando na calçada, todos com seus guarda chuva abertos e seus passos largos, e ele saboreava pesadamente o seu café, gole a gole ele pensava nas horas que passou pensando em ser alguém diferente, em tentando acertar uma ou duas vezes ao menos na vida... mas eram seus erros que ele mais lembrava... eram suas falhas que mais o assombrava.
O Outro entrava em um ônibus, alheio ao mundo sentando cansado no banco com o guarda chuva pingando a sua frente, as gotas se juntavam e formavam logo depois pequenos veios no chão metálico do ônibus, era certo que seu caminho iria ser longo até a casa, o transito lento deu a ele tempo suficiente para pensar na vida, e por vezes até deixar uma ou outra lagrima correr pelo rosto e juntar-se as gotas do guarda chuva, ele temia nunca mais poder sorrir, por culpa dele mesmo...
A outra voltava a casa, em seu carro novo, sem notar jogava água em pedestres, mas a cada sinal fechado ela perdia tempo de sua vida ouvindo musicas de radio e percebendo quão solitária era sua vida, nem mesmo os cães que ela comprava e cuidava como filhos lhe davam o que faltava... ao olhar para o lado viu um homem sozinho tomando café em uma cafeteria, ele sorvia o café como se ele fosse tão pesado como chumbo, e baixava a cabeça cansadamente depois de cada gole, “talvez ele seja mais solitário que eu”pensou ela... saindo mais uma vez do sinal vermelho.
O outro olha pela janela um carro no sinal uma motorista olhando a janela e dentro de uma cafeteria um homem toma penosamente sua ultima gota de café, ele olhando os dois, deixa escapar um sorriso e pensa.”tanta gente esta no lugar errado na hora certa... e eu na hora errada no lugar certo...” reclina a cabeça, apóia no banco e deixa uma ou duas culpas tornarem-se lagrimas.
Ela andando sem medo na calçada passa por uma cafeteria, esbarra em um homem que saia apressadamente da cafeteria arrumando seu casaco, desculpas sorrisos sem jeito, ela se vira e vê um homem em um ônibus com a cabeça reclinada deixando umas lagrimas escapar por seu rosto, ela da dois ou três passos para a rua, e um carro passando por ela joga água em suas botas já encharcadas...
“seria bom estar nesse ônibus... ao menos teria alguém que vive para poder conversar”
Todos chegam em casa, uns mais molhados que outros, uns mais cansados que outros, mas todos tem o mesmo pensamento em mente...
“seria bom ter alguém hoje.... seria bom te ELE, (a) para falar um pouco sobre nada... seria bom poder sentir de novo... “ a noite segue, as horas se passam e eles dormem sabendo que
Nada é como a gente gostaria... mas a gente não é obrigado a gostar de como é.
Comentários
ja ta tao frio o dia a dia...
:P