Breves momentos.
Ele desceu os últimos lances de escada em um salto, já estava atrasado, não por descuido ou esquecimento, mas por obrigação, seu chefe o segurou por 5 minutos antes de seu horário de almoço e esses 5 minutos viraram 15 e ele estava atrasado...
Correu sob o sol quente do centro da cidade, desviando das pessoas alheia a sua pressa, seu coração disparado não pela corrida mas por saber que se aproximava dela, ao passar por uma rua pegou o telefone e ligou rapidamente .
-Oi, to atrasado eu sei mas já to chegando ok?
-Ta bom, já to aqui te esperando.
-Não falta muito já to quase em frente. Beijos.
-Beijos.
Agora era atravessar uma rua. E ele já á via encostada em uma pilastra, vestido com estampas, o mesmo que ela usou no ano novo... ele chega devagar ela alheia ao mundo a sua volta olha o relógio do celular até perceber que alguém esta parado a seu lado olhando atentamente ela.
Um abraço longo, onde as memórias dele entravam pela narina e faziam moradas no peito, o doce perfume de seu pescoço e o suave cheiro de seus cabelos, o aperto de seus braços a volta de seu corpo, as lembranças vinham uma atrás da outra, o primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira vez que foram ao cinema e se espantavam com a história que se repetia na tela, e a primeira vez que ela olhou nos olhos dele e disse, não da mais...
Ele se afasta, olha nos olhos dela e diz, com o peso e a euforia do encontro.
-Oi, tudo bem!?
-Sim, tudo e você?
-Tirando o calor, tudo... vamos tomar um sorvete?
-Milk-shake ok?
-Ok..
A conversa se desenrola inicialmente um tanto truncada e presa a perguntas freqüentes entre estranhos, mas ele não era um estranho e ela não era uma pessoa qualquer, após algum tempo já estavam falando deles, de como estavam e o que tinham feito no tempo longe, lembravam-se dos dias juntos e do tempo afastado, mas o relógio era inimigo de quem quer ficar junto a cada volta os afastava mais.
Os dois caminhavam lentamente ao ponto de ônibus, ela ao lado rindo de vez em quando e ele, matando suas saudades e deixando os olhos presos nos detalhes dela. O cabelo continua a convidar seus dedos, mesmo ele sabendo que não deve, toca... e busca a nuca como fez tantas vezes, depois toca as costas... e então percebe que esta acariciando alguém que não devia... e se afasta
-Já esta tarde você não tem que voltar ao trabalho?
-Tenho...
-Vai la eu fico bem aqui.
-Eu vou, mas... sabe, Desde que a gente se afastou eu fico pensando, por que? Sei que não tem muito mais a ser dito mas... sempre volta isso a me atormentar, ficamos tão bem juntos, tu sorri tão bem, e tanto, eu me sinto leve, sabe.. não tem sentido ficar longe assim.
-Olha, eu também me sinto bem, gosto de sua companhia, adoro falar com você, você me faz bem.
-Então por que estamos longe?
-É complicado.
-...
-Eu sei, o pior é que eu sei, mas, Eu não tenho como não pensar isso, já que penso que poderia olhar para qualquer pessoa diferente, poderia olhar para os lados e ver inúmeras pessoas e possibilidades, mas nenhuma, nem mesmo a melhor hipótese, nem mesmo uma que possa também me ver como hipótese é melhor do que você, Eu fecho os olhos e vejo seu rosto, eu te abraço e meu peito para, eu sinto seu cheiro... e volto a ser criança... e a saudade de estar a teu lado é quase como castigo.
As pessoas se juntavam a sua volta, não para ouvir a história mas como testemunhas mudas de uma cena simples e veradeira.
-Eu não paro um minuto de pensar em você, um segundo se quer tu sai de minha mente, eu olho você agora, com esse vestido, com esses olhos que me invadem sem nem fazer força e a única coisa que sai de minha boca é TE AMO, por que é exatamente isso que tenho aqui dentro, esse amor louco que eu sei que é impossível, mas... eu amo.
Ela desvia o olhar... mas mantém os ouvidos atentos ao que ele fala, ele por sua vez já deixa a angustia subir as mãos e braços e afunda os dedos em seus cabelos olha para o céu, pensa... e diz
-Eu vou então...
-Vai la...
Um ultimo abraço, ela pousa a cabeça no peito dele, e beija levemente, ele aperta sua cabeça suavemente, e beija, depois a olha nos olhos, e diz novamente Te amo, com os olhos já transbordando em sentimentos.
-Se cuida!? Me promete que se cuida? – Pergunta ele, tendo tanto a falar, sua única mostra de carinho saiu em um único pedido, de que ela cuida-se, outras tantas formas de dizer isso ficaram presas a garganta logo atrás de um ultimo eu te amo que não conseguiu sair. E travando a garganta o fez chorar.
-Sim me cuido..
E ele foi, passo a passo se afastava dela, mas seu peito ia no sentido contrario, a cada passo uma lagrima Coria em seu rosto, a distancia que se fazia era pesada, e ele por pouco não postou-se de joelhos...
Alheia a tudo isso ela pensava no quão importante foi o encontro pra ela..
e ele respondia a pergunta de desconhecios....
-Esta bem rapa?
-Sim sim... – Mas sabia ele que não estava... ela não estava ali com ele...e talvez nunca mais volte a estar.
Se afastar de alguém, por qualquer motivo que seja pode ser bem doloroso e sofrível, mas o pior é afastar sabendo que os dois juntos fazem bem um ao outro, mas por complicações de uma vida, tendem a se afastar... são como pólos de um imã, são iguais... e se afastam...
Correu sob o sol quente do centro da cidade, desviando das pessoas alheia a sua pressa, seu coração disparado não pela corrida mas por saber que se aproximava dela, ao passar por uma rua pegou o telefone e ligou rapidamente .
-Oi, to atrasado eu sei mas já to chegando ok?
-Ta bom, já to aqui te esperando.
-Não falta muito já to quase em frente. Beijos.
-Beijos.
Agora era atravessar uma rua. E ele já á via encostada em uma pilastra, vestido com estampas, o mesmo que ela usou no ano novo... ele chega devagar ela alheia ao mundo a sua volta olha o relógio do celular até perceber que alguém esta parado a seu lado olhando atentamente ela.
Um abraço longo, onde as memórias dele entravam pela narina e faziam moradas no peito, o doce perfume de seu pescoço e o suave cheiro de seus cabelos, o aperto de seus braços a volta de seu corpo, as lembranças vinham uma atrás da outra, o primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira vez que foram ao cinema e se espantavam com a história que se repetia na tela, e a primeira vez que ela olhou nos olhos dele e disse, não da mais...
Ele se afasta, olha nos olhos dela e diz, com o peso e a euforia do encontro.
-Oi, tudo bem!?
-Sim, tudo e você?
-Tirando o calor, tudo... vamos tomar um sorvete?
-Milk-shake ok?
-Ok..
A conversa se desenrola inicialmente um tanto truncada e presa a perguntas freqüentes entre estranhos, mas ele não era um estranho e ela não era uma pessoa qualquer, após algum tempo já estavam falando deles, de como estavam e o que tinham feito no tempo longe, lembravam-se dos dias juntos e do tempo afastado, mas o relógio era inimigo de quem quer ficar junto a cada volta os afastava mais.
Os dois caminhavam lentamente ao ponto de ônibus, ela ao lado rindo de vez em quando e ele, matando suas saudades e deixando os olhos presos nos detalhes dela. O cabelo continua a convidar seus dedos, mesmo ele sabendo que não deve, toca... e busca a nuca como fez tantas vezes, depois toca as costas... e então percebe que esta acariciando alguém que não devia... e se afasta
-Já esta tarde você não tem que voltar ao trabalho?
-Tenho...
-Vai la eu fico bem aqui.
-Eu vou, mas... sabe, Desde que a gente se afastou eu fico pensando, por que? Sei que não tem muito mais a ser dito mas... sempre volta isso a me atormentar, ficamos tão bem juntos, tu sorri tão bem, e tanto, eu me sinto leve, sabe.. não tem sentido ficar longe assim.
-Olha, eu também me sinto bem, gosto de sua companhia, adoro falar com você, você me faz bem.
-Então por que estamos longe?
-É complicado.
-...
-Eu sei, o pior é que eu sei, mas, Eu não tenho como não pensar isso, já que penso que poderia olhar para qualquer pessoa diferente, poderia olhar para os lados e ver inúmeras pessoas e possibilidades, mas nenhuma, nem mesmo a melhor hipótese, nem mesmo uma que possa também me ver como hipótese é melhor do que você, Eu fecho os olhos e vejo seu rosto, eu te abraço e meu peito para, eu sinto seu cheiro... e volto a ser criança... e a saudade de estar a teu lado é quase como castigo.
As pessoas se juntavam a sua volta, não para ouvir a história mas como testemunhas mudas de uma cena simples e veradeira.
-Eu não paro um minuto de pensar em você, um segundo se quer tu sai de minha mente, eu olho você agora, com esse vestido, com esses olhos que me invadem sem nem fazer força e a única coisa que sai de minha boca é TE AMO, por que é exatamente isso que tenho aqui dentro, esse amor louco que eu sei que é impossível, mas... eu amo.
Ela desvia o olhar... mas mantém os ouvidos atentos ao que ele fala, ele por sua vez já deixa a angustia subir as mãos e braços e afunda os dedos em seus cabelos olha para o céu, pensa... e diz
-Eu vou então...
-Vai la...
Um ultimo abraço, ela pousa a cabeça no peito dele, e beija levemente, ele aperta sua cabeça suavemente, e beija, depois a olha nos olhos, e diz novamente Te amo, com os olhos já transbordando em sentimentos.
-Se cuida!? Me promete que se cuida? – Pergunta ele, tendo tanto a falar, sua única mostra de carinho saiu em um único pedido, de que ela cuida-se, outras tantas formas de dizer isso ficaram presas a garganta logo atrás de um ultimo eu te amo que não conseguiu sair. E travando a garganta o fez chorar.
-Sim me cuido..
E ele foi, passo a passo se afastava dela, mas seu peito ia no sentido contrario, a cada passo uma lagrima Coria em seu rosto, a distancia que se fazia era pesada, e ele por pouco não postou-se de joelhos...
Alheia a tudo isso ela pensava no quão importante foi o encontro pra ela..
e ele respondia a pergunta de desconhecios....
-Esta bem rapa?
-Sim sim... – Mas sabia ele que não estava... ela não estava ali com ele...e talvez nunca mais volte a estar.
Se afastar de alguém, por qualquer motivo que seja pode ser bem doloroso e sofrível, mas o pior é afastar sabendo que os dois juntos fazem bem um ao outro, mas por complicações de uma vida, tendem a se afastar... são como pólos de um imã, são iguais... e se afastam...
Comentários
O melhor caminho às vezes é até o mais fácil, mas acabamos pegando um mais curto e doloroso, apenas por ser mais curto.