outro mundo...
O velho senhor sentava-se a varanda e observava o mundo passar por frente a sua casa. O mundo que ele viveu não mais existe e sua rua e aprova disso, a anos, ali logo a frente de sua casa existia uma casa grande de 2 andares e nela moravam uma dúzia de pessoas crianças que alegravam as tardes, hoje existe um prédio grande com muitas lojas e salas e escritórios.
Um pouco ao lado era a casa do Armando, um sanfoneiro de primeira linha, as tardes podia-se ouvir ele tocando os clássicos populares, e ao lado era a pensão da Dona Almeida, mulher de braços fortes que lavava a roupa e estendia no varal cantarolando Cartola. Hoje no lugar dos dois esta um prédio residencial que ninguém se conhece.
A própria rua, antes tantas arvores nela, hoje, apenas 3 ou 4, as crianças não correm mais de um lado para o outro, não existe mais corrida de bicicletas ou carrinhos de rolimãs, hoje os carros e caminhões passam por essa rua dia e noite e ele quando se deita na mesma cama de anos, e antes dormia com grilos e o som do vento nas folhas hoje dorme com os” vrum vrum” dos carros na rua. Tantas pessoas passam a frente de sua casa , ninguém o saúda um bom dia ou de longe acena, mas ele continua ali sentado a cadeira vendo o mundo passar a fronte de sua casa.
Casais se encontram em frente ao grande prédio, para ir ao cinema, ou para comprar algo nas lanchonetes, outros tantos descem dos apartamentos de mãos dadas e vão a outro pontos da cidade, e ele se mantém ali.
A anos morando onde antes viveu com sua esposa, ela o deixou antes que a casa a fronte fosse demolida, teria sofrido muito ao ver o mundo deles sendo derrubado tijolo a tijolo. Ela que toda tarde ia ao casa dar bolo e suco as crianças sentiria falta disso, mas provavelmente conheceria todos os moradores dos prédios, ela sempre soube ser conhecida.
Ele se levanta e volta a sua casa, o mundo la fora estava mais alheio a ele do que ele ao mundo, ele volta senta-se no sofá a frente da TV, e assiste sua novela, em um vale a pena ver de novo, a novela de ontem o ajuda a lembrar do som do acordeom do Senhor Armando, dos risos alegres das crianças e da voz marcante de Dona Almeida cantando versos do cartola... mas o cheiro que ele não consegue esquecer é o aroma doce vindo da cozinha, do bolo quentinho saindo do forno..
“ É velha... como esse mundo mudou... mas a gente sempre pensou que não era desse mundo mesmo...” e assim com sorriso perdido nas rugas do rosto, balança para frente e para trás com o suave som da cadeira ninando seus pensamentos de ontem...
Um pouco ao lado era a casa do Armando, um sanfoneiro de primeira linha, as tardes podia-se ouvir ele tocando os clássicos populares, e ao lado era a pensão da Dona Almeida, mulher de braços fortes que lavava a roupa e estendia no varal cantarolando Cartola. Hoje no lugar dos dois esta um prédio residencial que ninguém se conhece.
A própria rua, antes tantas arvores nela, hoje, apenas 3 ou 4, as crianças não correm mais de um lado para o outro, não existe mais corrida de bicicletas ou carrinhos de rolimãs, hoje os carros e caminhões passam por essa rua dia e noite e ele quando se deita na mesma cama de anos, e antes dormia com grilos e o som do vento nas folhas hoje dorme com os” vrum vrum” dos carros na rua. Tantas pessoas passam a frente de sua casa , ninguém o saúda um bom dia ou de longe acena, mas ele continua ali sentado a cadeira vendo o mundo passar a fronte de sua casa.
Casais se encontram em frente ao grande prédio, para ir ao cinema, ou para comprar algo nas lanchonetes, outros tantos descem dos apartamentos de mãos dadas e vão a outro pontos da cidade, e ele se mantém ali.
A anos morando onde antes viveu com sua esposa, ela o deixou antes que a casa a fronte fosse demolida, teria sofrido muito ao ver o mundo deles sendo derrubado tijolo a tijolo. Ela que toda tarde ia ao casa dar bolo e suco as crianças sentiria falta disso, mas provavelmente conheceria todos os moradores dos prédios, ela sempre soube ser conhecida.
Ele se levanta e volta a sua casa, o mundo la fora estava mais alheio a ele do que ele ao mundo, ele volta senta-se no sofá a frente da TV, e assiste sua novela, em um vale a pena ver de novo, a novela de ontem o ajuda a lembrar do som do acordeom do Senhor Armando, dos risos alegres das crianças e da voz marcante de Dona Almeida cantando versos do cartola... mas o cheiro que ele não consegue esquecer é o aroma doce vindo da cozinha, do bolo quentinho saindo do forno..
“ É velha... como esse mundo mudou... mas a gente sempre pensou que não era desse mundo mesmo...” e assim com sorriso perdido nas rugas do rosto, balança para frente e para trás com o suave som da cadeira ninando seus pensamentos de ontem...
Comentários
É triste ver como caminha a humanidade. Como coisas belas, coisas simples, foram desvalorizadas, e às vezes nem são lembradas.
Aliás, a simplicidade parece estar fora de moda para a maioria. É triste!
Muitas vezes restam apenas as lembranças dos momentos bons e felizes.