poltrona 35
Não fazia muito tempo que ele estava ali esperando o ônibus mas algo o inquietava profundamente, por vezes abriu e fechou a mochila pensando e revendo se não tinha esquecido nada, mas não, estava tudo ali, óculos, o livro, a maquina fotográfica, uns tantos cartões de memória e as roupas, as muitas roupas que iria usar na sua peregrinação pelas trilhas, a comida, apouca mas bem programada comida para dos 5 dias e um caderno com lápis para suas anotações, segundo ele, era mais intimo e menos mecânico escrever a mão e certamente no meio da trilha não vai ter uma tomada para recarregar a bateria do seu laptop.
Estava tudo ali na mochila, mas o que o estava inquietando tanto? A passagem? No bolso de trás, o mapa? No bolso largo da mochila, dinheiro? Bem guardado no espaço escondido da mochila... o que era?
Sentou-se mais uma vez no banco, e colocou seus fones de ouvido, tentando apagar suas preocupações ao som de algum clássico do jazz ou Blues... mas nada conseguia apagar ou melhor, aquecer a sensação fria que sua barriga tinha e que o fazia temer por algo estranho em seu dia.
O fiscal parou no ponto e logo uma pequena fila se fez, alguns outros como ele com suas mochilas nas costas, outros tantos apenas com algumas bolsas e malas de viagem, na mochila de um rapaz a sua frente a bandeira da frança, em um outro apenas bugigangas dependuradas e amaradas . Lembrou-se das suas “decorações”na mochila um misto dos dois, a bandeira do Brasil, e algumas fitas de nosso Senhor do Bom fim.
Entrou no ônibus e caminhou até a poltrona que era sua companheira de viagem por longas 6 horas, sorriu ao ver que a poltrona ao lado estava vazia, pensou que poderia por ao lado a grande mochila ou esticar as pernas um pouco... mas logo uma senhora veio sentar-se a seu lado e sua esperança de poder esticar as pernas resumir-se-ão somente as horas que fosse ao banheiro.
A senhora falava algo a seu lado e somente agora ele lembrou-se que estava de fone, tirou envergonhado e a senhora disse
- Nossa sua bolsa é grande hein?
- é sim senhora, para poder carregar tudo que preciso
-Hummm, e ta tudo ai dentro?
-O que preciso nos dias que vou acampar sim
-AAAA acampar, por que na vida tem coisas que não cabem em mochilas né?
Ele gelou... não sabia o que responder... é verdade nem tudo que se precisa cabe em uma bolsa ou mochila...
- Mas eu sei que você ao menos tem ai dentro algo que te lembre as coisas que não cabem ai né?
gelou novamente... era isso que faltava... uma lembrança dela...
- O que foi meu jovem... ficou pálido...
-É que a senhora acabou de me lembrar que falta uma coisa aqui na mochila...
- E você precisa muito disso?
-É, não é um “isso” mas seria bem melhor se estivesse com ela aqui
- Então esqueça o “isso”e lembre-se sempre dela.
- Não senhora... eu nunca posso lembrar dela... por que lembrar é ter um dia esquecido... e eu nunca esqueci dela, apenas de uma coisa que me fazia ver ela mais concretamente.
- Então você tem uma foto dela bem melhor ai na sua mente não é?
- Foto? Não... mas os melhores momentos em filmes... que não perdem a cor nunca.
A senhora olho para ele com os olhos sorridentes e disse.
- Que sorte dessa pessoa... mas esta indo para onde?
- Perder tenpo...
- Como assim?
- Estou indo acampar para tentar esquecer dela...
- ... e por que?
- Por que ela certamente precisa de algo para lembrar de mim... mesmo que seja tempo...
Os dois então voltaram a seu pensamentos pessoais, ele ouvindo alguém cantando em seus ouvidos, a senhora ouvindo um chiado baixo vindo da cadeira ao lado e pensando que houve um tempo em que homens como esse rapaz eram vistos aos montes nas ruas ... e hoje.. só se encontra um ou outro sempre fugindo de suas lembranças...
Estava tudo ali na mochila, mas o que o estava inquietando tanto? A passagem? No bolso de trás, o mapa? No bolso largo da mochila, dinheiro? Bem guardado no espaço escondido da mochila... o que era?
Sentou-se mais uma vez no banco, e colocou seus fones de ouvido, tentando apagar suas preocupações ao som de algum clássico do jazz ou Blues... mas nada conseguia apagar ou melhor, aquecer a sensação fria que sua barriga tinha e que o fazia temer por algo estranho em seu dia.
O fiscal parou no ponto e logo uma pequena fila se fez, alguns outros como ele com suas mochilas nas costas, outros tantos apenas com algumas bolsas e malas de viagem, na mochila de um rapaz a sua frente a bandeira da frança, em um outro apenas bugigangas dependuradas e amaradas . Lembrou-se das suas “decorações”na mochila um misto dos dois, a bandeira do Brasil, e algumas fitas de nosso Senhor do Bom fim.
Entrou no ônibus e caminhou até a poltrona que era sua companheira de viagem por longas 6 horas, sorriu ao ver que a poltrona ao lado estava vazia, pensou que poderia por ao lado a grande mochila ou esticar as pernas um pouco... mas logo uma senhora veio sentar-se a seu lado e sua esperança de poder esticar as pernas resumir-se-ão somente as horas que fosse ao banheiro.
A senhora falava algo a seu lado e somente agora ele lembrou-se que estava de fone, tirou envergonhado e a senhora disse
- Nossa sua bolsa é grande hein?
- é sim senhora, para poder carregar tudo que preciso
-Hummm, e ta tudo ai dentro?
-O que preciso nos dias que vou acampar sim
-AAAA acampar, por que na vida tem coisas que não cabem em mochilas né?
Ele gelou... não sabia o que responder... é verdade nem tudo que se precisa cabe em uma bolsa ou mochila...
- Mas eu sei que você ao menos tem ai dentro algo que te lembre as coisas que não cabem ai né?
gelou novamente... era isso que faltava... uma lembrança dela...
- O que foi meu jovem... ficou pálido...
-É que a senhora acabou de me lembrar que falta uma coisa aqui na mochila...
- E você precisa muito disso?
-É, não é um “isso” mas seria bem melhor se estivesse com ela aqui
- Então esqueça o “isso”e lembre-se sempre dela.
- Não senhora... eu nunca posso lembrar dela... por que lembrar é ter um dia esquecido... e eu nunca esqueci dela, apenas de uma coisa que me fazia ver ela mais concretamente.
- Então você tem uma foto dela bem melhor ai na sua mente não é?
- Foto? Não... mas os melhores momentos em filmes... que não perdem a cor nunca.
A senhora olho para ele com os olhos sorridentes e disse.
- Que sorte dessa pessoa... mas esta indo para onde?
- Perder tenpo...
- Como assim?
- Estou indo acampar para tentar esquecer dela...
- ... e por que?
- Por que ela certamente precisa de algo para lembrar de mim... mesmo que seja tempo...
Os dois então voltaram a seu pensamentos pessoais, ele ouvindo alguém cantando em seus ouvidos, a senhora ouvindo um chiado baixo vindo da cadeira ao lado e pensando que houve um tempo em que homens como esse rapaz eram vistos aos montes nas ruas ... e hoje.. só se encontra um ou outro sempre fugindo de suas lembranças...
Comentários